17 de fev. de 2010


" Assim, o colonizado descobre que sua vida, sua respiração, os batimentos do seu coração são os mesmos que o do colono. Descobre que a pele de colono não vale mais do que a pele de indígena. Isso significa que essa descoberta introduz um abalo essencial ao mundo. Toda a segurança nova e revolucionária do colonizado decorre daí. Se, efetivamente, minha vida tem o mesmo peso que a do colono, seu olhar não me fulmina mais, não me imobiliza mais, sua voz não me petrifica mais. Não me perturbo mais na sua presença. Praticamente, ele pouco me importa. Não só a sua presença não mais me constrange, mas ja estou lhe preparando tais emboscadas que logo ele não terá outra saída senão a fuga."
Frantz Fanon - Os condenados da terra, pág 62.

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